Em Salobra, famílias celebram acesso à água

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Cerca de 35 famílias de Salobra, comunidade que fica às margens do Rio Miranda, acerca de 15 quilômetros na área urbana de Miranda celebraram, no fim de semana passado, o acesso a um recurso indispensável: água.

“Sem água a gente não pode viver”, diz Marinalva Oriozola, 45 anos, vice-presidente da Associação de Moradores de Salobra, reafirmando o que já sabemos, mas que só valorizamos quando não temos – a importância de acesso à água para a sobrevivência humana.

A comunidade de Salobra tem aproximadamente 100 famílias, conforme dados da associação de moradores. Destas, 35 famílias estavam sem acesso à água pois o poço que atende parte da comunidade tinha a bomba queimada há cerca de um mês. De improviso, as famílias usaram água doada pelo poço particular de um dos moradores.

00 “Sem água a gente não pode viver”, diz Marinalva Oriozola, vice-presidente da Associação de Moradores de Salobra. FOTO: Arquivo pessoal.

No sábado, 29, após reivindicações da comunidade, uma equipe da Prefeitura não apenas restaurou a bomba, normalizando o fornecimento de água como ampliou o a rede, fazendo a água chegar por encanamento a mais 10 famílias.

O acesso à água potável para a comunidade de Salobra, que fica às margens do Rio Miranda e é composta majoritariamente por empreendimentos que exploram a pesca e o turismo, por famílias de pescadores ribeirinhos – além de algumas residências de veraneio – é um paradoxo: não há uma estação de tratamento que aproveite a água do rio para distribuição às residências.

Assim, as cerca de 100 famílias dependem de poços artesianos, ou do fornecimento de água realizado por um caminhão-pipa da Prefeitura.

Segundo levantamento feito pela Associação de Moradores de Salobra, a perfuração de um poço artesiano pode custar entre R$ 12 mil a R$ 18 mil. A maioria das famílias não tem este dinheiro.

A Prefeitura possui uma máquina de perfurar poços que atende todo o município e, como o trabalho de perfuração é demorado, custoso e com a demanda alta, considerando a grande quantidade de propriedades rurais que também precisam do serviço, a fila para obter o benefício é morosa.

Neste contexto, poços em áreas públicas, que atendem diversas famílias são a principal solução de acesso à água para os moradores de Salobra.

Na comunidade há dois poços com estas características. E ambos estavam com o fornecimento suspenso, por problemas nas respectivas bombas, há cerca de um mês. Um dos poços, que atende parte dos moradores, foi reativado na sexta, 28, e outro no sábado, 29. “O prefeito novo, Fábio Florença, nos atendeu e somos gratos”, diz Marinalva, se referindo à troca de comando do Executivo da cidade, em decorrência da morte do ex-prefeito Edson Moraes há um mês e a ascensão do então vice-prefeito Fábio Florença ao posto de chefe do Executivo.

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