Em Bonito, Rose Modesto destaca investimentos e fala sobre pretensões políticas para 2022

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A deputada federal Rose Modesto (PSDB) está em Bonito nesta quarta-feira (19) para uma reunião com diretório do partido e uma visita ao atual prefeito Josmail Rodrigues. Essa é a primeira vez que a parlamentar se reúne com os companheiros de partido desde a eleição, bem como é a primeira visita ao novo Chefe do Executivo Municipal.

Rose foi a deputada federal mais votada de Bonito e detalhou que o objetivo da visita ao prefeito é falar sobre os investimentos que tem direcionado para o município através de emendas. Segundo ela, nos últimos 12 meses já foram direcionados para Bonito mais de R$ 1milhão para a saúde e educação e agora está sendo investido mais R$ 1 milhão em obras de infraestrutura.

A deputada conversou com Bonito Mais, destacando estes investimentos, bem como outros temas de relevância no cenário político e econômico. Rose falou sobre turismo, a CPI do Covid, fez uma avaliação do Governo de MS em relação a pandemia e sobre o novo projeto de sua autoria, aprovado na Câmara dos Deputados, que torna o crime de feminicídio autônomo.

Por fim, a deputada comentou sobre a possibilidade de deixar o PSDB e de sair colocar seu nome na disputa para o Governo de MS em 2022. Confira a entrevista na íntegra:

Qual o objetivo da sua visita a Bonito?

Eu estive na aqui na eleição, no ano passado e nós fizemos aqui alguns compromissos de investimentos e hoje algumas coisas já estão caminhando bem, ou seja, já pagamos aqui quase R$ 1 milhão de investimentos em saúde e educação e temos ainda R$ 1 milhão que já estão sendo investidos em infraestrutura e hoje então eu tenho oportunidade de voltar para falar com o grupo que sempre caminhou comigo aqui, o ex-prefeito Odilson e todo o time e ao mesmo tempo também fazer uma visita para o prefeito Josmail Rodrigues para poder sequencia nos projetos que a gente iniciou, ainda na gestão passada, mas que serão dados sequencias neste momento.

Qual sua avaliação do PSDB em Bonito. Como você vê o partido aqui, após a derrota nas urnas?

Rose foi recebida pelo ex-prefeito Odilson Soares e sua esposa, Ilza Soares. (Foto: Jabuty)

O PSDB em Bonito talvez seja um dos municípios que está mais organizado. É muito forte, tem um número grande de filiados, tem quadros importantes que já contribuíram na administração pública no PSDB, que hoje ainda fazem parte, que são pessoas de carreira. Então é um grupo que a gente tem muito orgulho de ter a amizade e pode contar com o apoio também político para o nosso mandato como deputada federal. Não dá para fazer política sozinha, seja na eleição ou no mandato, você tem que estar sintonizado com a base, então esse grupo aqui do PSDB é muito forte, e inclusive essa força que eles trazem para a minha história, para o meu trabalho, fui a deputada federal mais votada aqui, então base é uma coisa que a gente jamais pode deixar sem estar conversando, organizando as ideias. Ter perdido a eleição não faz do PSDB um partido fraco em Bonito. Em uma eleição, as vezes você tem uma derrota eleitoral, mas você tem uma vitória política e o Seu Odilson e todo o grupo do PSDB aqui, deixaram de ter o maior número de votos e por isso não voltou para prefeitura, mas teve uma vitória política com bons resultados, com grandes entregas e com projetos que estão dando frutos até agora.

Já que estamos em Bonito, gostaria de saber se há algum projeto para investimentos no setor do turismo?

O que nós temos discutido, inclusive eu estive com o ministro do Turismo, é falando sobre a nossa preocupação aqui sobre as questões dos rios. Falei para ele inclusive do que aconteceu há mais ou menos um ano e meio, que foi aquele momento em que as aguas do rio acabaram ficando muito suja, muita escura. Falei para ele que tiveram inclusive, audiências públicas discutindo o tema e a nossa preocupação com o impacto que talvez o setor, mais do agronegócio no Estado, que é realmente um setor muito forte e a gente precisa desenvolve-lo, mas ao mesmo tempo cuidar um pouquinho com essa questão ambiental, e aí a questão dos investimentos para a gente proteger as cabeceiras dos rios, então foi nesse sentido. Bonito está no radar do Ministério do Turismo, inclusive em relação a investimentos de projetos que eu vou conversar hoje com o prefeito, o que tiver aqui de demanda, eu fiquei de levar para o ministro para a gente pode buscar recursos para fortalecer mais essa questão ambiental. Então é fazer do agro um setor cada vez mais forte. É um setor muito importante para o Brasil. Hoje nós estamos percebendo que o agronegócio que tem sustentado, foi o único segmento do setor econômico que cresceu no nosso país no momento de crise, e ao mesmo tempo fazer isso preservando o máximo possível da questão ambiental. Então a ideia hoje, nessa reunião com o prefeito é o que é que tem hoje de projetos, inclusive protocolados no Ministério do Turismo, que a gente por parte do ministro hoje, o desejo de ter uma ação mais forte aqui em Bonito.

Como você avalia a CPI do Covid no Senado?

Como é uma questão do Senado eu tenho acompanhado mais por mídia mesmo, pelas notícias que tem. Eu acho que uma investigação, ela é legitima, é saudável, para qualquer agente público. Você ser investigado e ter um processo de investigação não é ruim, desde que isso não atrapalhe o andamento das outras pautas. Então hoje todos os ministros que passaram estão sendo ouvidos, acho que presidente tem lá dentro do Senado uma base que também conhece de como foi feito. A gente não percebe hoje uma acusação de desvio de dinheiro, não houve, não tem essa temática. Talvez mais essa questão do protocolo contra o Covid que está sendo mais questionado, então eu como eleitora, eu torço sinceramente para que seja feito o trabalho, mas para que acabe o quanto antes para não deixar travar outras pautas importantes. Mas investigar é legitimo e daqui a pouco fica muito mais claro para todo mundo se houve qualquer tipo de irregularidade ou não. Agora o objeto está muito claro para mim, por todas as sessões que eu tive a oportunidade de acompanhar, que não está focado na questão de desvio de dinheiro do governo federal. Teve problema com recurso público no Brasil? Teve, mas muito mais ligado a governador e a prefeito do que ao próprio presidente.

 E em relação ao Governo de MS no enfrentamento com a pandemia?

Foto: Jabuty

O governo de MS é uma referência em questão da logística das vacinas. Também fez uma interlocução muito forte com o Governo Federal para gente poder dar andamento o quanto antes nisso. Em relação ao fechamento, procurou fazer isso buscando o impacto menor possível, então eu acredito que o Mato Grosso do Sul está entre os cinco estados com melhores resultados, o ideal seria não ter perdido nenhuma vida aqui, mas isso infelizmente aconteceu, mas ainda é um dos estados que conseguiu administrar melhor, seja na questão dos leitos, na testagem, as pessoas não ficaram sem testar aqui por falta de equipamentos, não faltou recursos para isso. Agora talvez o impacto econômico que acabou acontecendo, infelizmente isso fugiu do controle de qualquer governo.

Sobre o projeto de sua autoria, que torna o crime de feminicídio autônomo. Você pode detalhar como funciona?

O PL 1568/19 não apenas torna o crime de feminicídio autônomo, como prevê o aumento da pena mínima para os crimes dessa natureza para 15 anos, em regime fechado. Isso quer dizer que agora o feminicídio tem um artigo específico no Código Penal, não sendo mais somente uma qualificadora dentro do crime de homicídio. Essa medida ajudará nos registros e no combate ao feminicídio com dados mais claros e precisos. São mais de dois anos de luta para que essa matéria fosse aprovada. Fomos às ruas, colhemos assinaturas da população, fizemos campanhas de conscientização, debatemos sobre o tema dentro e fora da Câmara dos Deputados. Essa é a nossa resposta a todas as mulheres que sofrem diariamente com os mais diversos tipos de violência, nossa resposta às famílias das vítimas de feminicídio e a toda a sociedade brasileira.  Agora a matéria segue para apreciação no Senado Federal e, se Deus quiser, também teremos uma resposta positiva por lá.

Existem muitos rumores de que você pode deixar o PSDB. Isso confirma?

Eu na verdade fui convidada por alguns partidos. Como é uma decisão que eu tenho que tomar, se saio ou não do partido é em abril, então até lá a gente vai analisar, tem uma reforma política que vai acontecer agora. Ver como é que vai ficar também essa questão da legislação para os partidos, mas agora o brasileiro, mais do que nunca, ele não se apega a questão partidária. O eleitor brasileiro está muito ligado a pessoa. Então não é qual é o meu partido e sim quem sou eu, como mulher, com cidadã, como deputada federal. Então eu realmente não tenho tido muito essa preocupação com essa questão partidária não. Convites houve mesmo e no momento certo, que é legitimo, onde inclusive há muitas mudanças de pessoas que acabam migrando para outros partidos será em abril do ano que vem e é lá que eu vou tomar essa decisão.

E você, Rose Modesto, tem pretensão de sair ao Governo do Estado?

Olha, eu falo para você que ninguém deve ser candidato de si mesmo. Eu acho que quem é candidato de si mesmo já está fadado a perder, seja qual for a eleição. É natural que esse sentimento exista no coração de muita gente que me questiona, que inclusive me avalia que eu tenha que colocar o nome, pelo fato de eu já ter sido vice-governadora, por eu já ter uma história aí de 12 anos e graças a Deus uma história de trabalho prestado, com muita tranquilidade, sem ter problemas com a Justiça, então isso acaba cacifando qualquer pessoa a também ser convidada para disputar uma eleição como essa. Acho que o momento também nosso é tão delicado, de tanta coisa que acontecendo, uma pandemia que traz um impacto na saúde e na economia, na educação – eu como professora, me aperta o coração saber que o prejuízo a gente vai recuperar aí em uma década talvez – então o meu foco está sendo muito no meu mandato e acho que na política um dia é uma eternidade e tudo pode acontecer!

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