Músicos cobram direito de participar das decisões de biossegurança em Bonito

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Um grupo de músicos participou da sessão ordinária da Câmara dos Vereadores de Bonito, na noite desta segunda-feira (7) para cobrar o direito de voz da classe nas decisões de biossegurança tomadas pelo Executivo Municipal que impactem diretamente no setor, como a proibição de música ao vivo em bares e restaurantes.

Foto: Jabuty

O representante do grupo, Kalu Carvalho, destacou que música ao vivo não interfere nas medidas de biossegurança dos estabelecimentos e que os próprios artistas cobram que sejam cumpridas. “Esses estabelecimentos que nós trabalhamos, eles estão seguindo os protocolos e se a gente estiver lá cantando, vai continuar sendo seguido do mesmo jeito, se não tivermos, ser for uma música eletrônica, isso não muda nada em relação ao cumprimento das medidas de biossegurança, só que nós precisamos trabalhar. A maioria de nós não tem outras rendas”.

Ele reforçou que a classe reconhece a gravidade da saúde pública devido a pandemia do coronavírus e não tem a intenção de atrapalhar nas medidas de controle da doença, pedindo apenas que o Executivo de voz ao grupo para discutirem juntos, ações que sejam compatíveis com todos. “Se for preciso, por exemplo, colocar um acrílico na frente do palco onde a gente se apresenta, ok, vamos providenciar, mas todas as regras de segurança do estabelecimento também estão sendo cobradas pelos músicos, mesmo porque o estabelecimento leva multa se ele não tiver fazendo isso. Então assim, fica uma coisa incoerente. A música eletrônica pode, porque a musica ao vivo não pode?”, questiona.

Foto: Jabuty

Ainda segundo Kalu, os músicos estão se organizando na criação de entidade que represente o setor para ter mais voz diante dos Poder Público. “A gente precisa se organizar, nós estamos fazendo isso, criando um conselho, um grupo para nos representar, mas a gente precisa que antes que decidam pela gente, nos ouçam. Nós somos parte dessa engrenagem, do turismo, do entretenimento e não queremos atrapalhar em nada os gestores, os profissionais de saúde. A gente quer ser ouvido e colaborar” finalizou.

Proibição – Desde o início da pandemia, em março de 2020, vários decretos foram publicados a nível municipal e estadual, decidindo sobre abertura e fechamento do comércio de forma geral. Bonito, por exemplo, manteve os atrativos, bem como todo o setor turístico, fechado por quase 100 dias, entre março e julho do ano passado, e quando retornou, foram adotados protocolos de biossegurança setorizados, ou seja, específicos para cada setor. Porém, mesmo com os protocolos, o Executivo Municipal decidiu, por mais de uma vez, pela proibição de música ao vivo nos estabelecimentos comerciais.

A decisão mais recente e que está em vigor, é o decreto nº112/2021, válido entre os dias 1 e 14 de junho. O Art. 4 voltou a proibir música ao vivo de qualquer natureza em estabelecimentos públicos e privados do município.

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