Bonito, Capital do Biquíni!

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Por Tania Maria Pellin

Com a cara do Brasil, uma antiga melodia, esquenta alguns matinês dos anos sessenta, composta por Paul Vance,  “Itsy Bitsy Teenie Weenie Yellow Polka Dot Bikini”, traduzida em português para “Biquíni de bolinha amarelinha”. Quem não conhece, ou dançou ao som da mesma não é mesmo?

E você conhece a história do biquíni? Sabe como tudo começou?Como chegamos aos modelos atuais, como era quando surgiu?

Vamos falar do nome, inspirado em Atol de Bikini, localizado no arquipélago das ilhas Marshall, no Oceano Pacífico, foi alvo de testes nucleares entre as décadas de 40 e 50, pelos Estados Unidos, o sugestivo nome lhe caiu como uma luva, foi bombástico e audacioso.

O mesmo foi apresentado em 1946, século XX, em uma piscina pública de Paris, criado pelo estilista e engenheiro de automóveis, o francês Louis Réard. Na época nem uma modelo queria usar tal peça, o que fazer? Quem chamar? Para tal lançamento chamaram uma dançarina de boates. A mesma posava para revistas. Ela aceitou fazer uso do mesmo. E lá estava Micheline Bernardini, esplêndida em um modelo extremamente ousado. Em uma época onde o pudor exalava, era pura ousadia aparecer em público com uma peça tão pequena. Deixar o umbigo à mostra era considerado uma afronta, vulgar.

Mas o tempo passou, lá se vão 77 anos que tal peça vem deslumbrando olhares.

Mas por que Bonito capital do biquíni?

Desconheço a autoria do nome, mas lhe caiu muito bem, basta-nos fazer uma simples caminhada pela Rua Pilad Rebuá para entender. Irás concordar comigo, as vitrines expõe os múltiplos modelos, com as cores mais quentes que há. Como Tem água pra todo lado!  Água faz uma excelente parceria com o biquíni!

Uma peça singular tem histórias, e como as tem.

E em terra tupiniquim ele chega para ficar, deu as caras por volta de 1940, como protagonista de tal episódio temos a alemã Miriam Etz, imagine os comentários, uma bela mulher desfilando desnuda nas praias cariocas, com o umbigo à mostra, levou ao delírio colunista da época. Sem salientar o que as senhoras da sociedade pensaram e falaram em seus chás da tarde.

Lentamente a peça foi ganhando graça entre as brasileiras, Helô Pinheiro, musa que inspirou o clássico “Garota de Ipanema” curva-se e desfila com um belo modelo, desfilando na areia branca, e destruindo corações.  A canção de Tom Jobim e Vinicius de Moraes ganha o mundo, projetando ao mesmo tempo à musa inspiradora as passarelas internacionais.

Gonçalves Dias ao compor a poesia “Canção do Exílio”, longe da pátria amada, já falava das inúmeras belezas desta terra que a tantos encanta, se o poema fosse escrito hoje, talvez o poeta mencionasse uma linda jovem ao passear pelas praias ensolaradas.

Como dito, o biquíni tem histórias, não posso deixar de comentar um episódio ocorrido quando o campo-grandense Jânio Quadros, presidente do Brasil na época assina um decreto, proibindo o uso de tal em praias, clubes e piscinas em todo o território nacional. Tal era considerado “indecente”, o uso do mesmo, fere os princípios de uma sociedade religiosa e moralista da época.

Mas como diz a canção “Era um biquíni de bolinha amarelinha…” que aos poucos ganhou fama, conquistou a juventude pela praticidade, e hoje da infância a terceira idade, usamos e abusamos do mesmo.

Vem pra capital do biquíni você também! Vamos, ouse, desperte olhares e comentários! Apaixone-se pelas lindas paisagens que este lugar tem, use seu biquíni favorito e registre o máximo que conseguir.

Bonito, águas transparentes e biquíni, uma dupla infalível na diversão!

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