Habilidade para manter o apoio de adversários históricos marca novo governo de Edson Moraes

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Edson Moraes (PSDB) foi reconduzido à prefeitura de Miranda com a maior votação da história do município: 18.867 votos, ou  82,28% dos votos válidos. A votação expressiva  refletiu a aprovação do trabalho de Edson à frente da prefeitura no mandato tampão de cerca de um ano, para o qual foi eleito em outubro de 2019, em substituição a ex-prefeita Marlene de Matos Bossay (MDB) cassada por compra de votos e afastada do cargo em agosto do mesmo ano.

Além do reconhecimento pelo trabalho, a reeleição de Edson foi resultado de habilidosa articulação política que garantiu ao tucano o apoio de adversários políticos históricos. De um lado, o grupo liderado pela família Bossay e, de outro, o grupo dos ex-prefeitos Neder Vedovato (PDT), Juliana Almeida (PSDB), Bethe Almeida entre outros caciques políticos locais. Edson obteve o apoio de ambos os lados. As duas correntes políticas, há mais de 20 anos, se revezavam na chefia do Executivo Municipal. A eleição de Moraes quebrou o ciclo, trazendo, por assim dizer, novos ares para a política mirandense.

Muito se pergunta como será possível administrar os apoios de correntes tão diversas no mandato. A julgar pelos passos iniciais, Edson tem levado o processo com a mesma habilidade política que empreendeu na campanha.

Na Câmara Municipal, dez das onze cadeiras foram ocupadas por vereadores que apoiaram diretamente a candidatura de Edson. Assim, com relativa facilidade, a base aliada elegeu André Vedovato (PDT) como presidente do Legislativo.

No Executivo propriamente dito, a montagem do novo governo tem sido bastante diversa. As nomeações do primeiro escalão foram anunciadas com algumas surpresas.  Opções pessoais do prefeito foram mescladas a indicações dos grupos que o apoiaram.

A princípio, a ampla base de apoio formada pelo prefeito mirandense criam um ambiente de relativa tranquilidade para enfrentar os desafios do início do mandato, entre os quais: o agravamento da pandemia do novo coronavírus, o inédito processo seletivo para contratação de professores da Rede Municipal de Educação (Reme) e a preparação do retorno às aulas, sejam elas presenciais ou não.

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