O tempo na História – E tudo começa outra vez!

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Por  Tania Maria Pellin

 

Mais um ano está para se iniciar, com ele, muitos sonhos e esperanças são situadas no tempo. Um tempo determinado, 2022. Ficamos na expectativa que o impossível aconteça, que algo mude. A renovação é ansiada. A humanidade acredita que esta mudança pode trazer bons presságios. Mas como essa contagem, essa cronologia do tempo iniciou?

Os historiadores não têm o tempo cronológico como foco principal, mas sim como parâmetro para determinar no tempo o objeto estudado. Já o tempo histórico chama mais atenção, pois este não representa medida exata, os eventos tanto os de curta quanto os de longa duração tem dinâmica própria. Para Le Goff, os instrumentos de medição do tempo, vinculados a fenômenos da natureza sofreram variação entre épocas e regiões, de acordo com a evolução e necessidade de cada povo, utilizando-os como instrumento de poder e controle.

Surge então o calendário, objeto científico, é também um objeto cultural. Ligado a crenças, além de a observações astronômicas (as quais dependem mais das primeiras do que o contrário), e não obstante a laicização de muitas sociedades, ele é, manifestamente, um objeto religioso. Mas, enquanto organizador do quadro temporal, diretor da vida pública e cotidiana, o calendário é sobretudo um objeto social. Tem, portanto, uma história, aliás, muitas histórias, já que um calendário universal é ainda hoje do domínio da utopia, ainda que, à primeira vista, a vida internacional dê a ilusão de uma relativa unidade de calendário. (LE GOFF, 1990)

E tudo começa outra vez, o tempo relativamente dito, se faz presente novamente, a história recomeça sua contagem, passado e presente se ligam, acontecem ao mesmo tempo na nova contagem. E no futuro se tornará evidente novamente. Fazemos a contagem dos anos, mas os dias se repetem, mas nunca como outrora, o novo modifica cada detalhe.

Vamos fazer uma breve volta ao passado.

Para os caçadores do Período Paleolítico, que viviam em bandos, e necessitavam da caça para a sobrevivência do grupo, estes se orientavam através da posição dos astros e suas regularidades  para saber quando a Lua mudaria, em que períodos as diversas estações da natureza aconteciam e qual sua influência no comportamento e migração dos animais. Se orientavam através destes meios para que a caça e a pesca pudessem ser bem-sucedidas.

Já no Período Neolítico, com a inovação da agricultura, o tempo de plantio e colheita era do mesmo modo, determinado através de observações dos astros. Assim, tinham êxito no que realizavam.

Assim os fenômenos naturais que se repetiam, acabaram-se por se tornar uma ferramenta, ou seja, tornava-se um recurso oportuno naquele momento onde despontava a alva da nossa civilização.

Como percebemos, as estações do ano eram utilizadas desde o início, as observações, os registros, direcionam-nos desde os primórdios da humanidade.

Com o passar do “tempo” outras contagens fizeram-se necessário, surge então:

A ampulheta, conhecida também como “relógio de areia”   teria sido inventada no século VIII, por um monge francês chamado Luipraud, a mesma era bastante útil para marcar os intervalos de pequenos tempos.

A clepsidra, foi utilizada ao longo da história para medir períodos curtos, tais como: A duração de um discurso de defesa (justiça) na Grécia antiga;. A duração dos turnos de guarda das legiões romanas;

O relógio de Sol, é um instrumento que mede a passagem do tempo pela observação da posição do Sol.

Os relógios de vela, no passado eram um método eficaz de consultar as horas em ambientes internos, à noite ou em dias nublados (quando os relógios de sol não funcionam).

Relógio de pêndulo, é um mecanismo para medida do tempo baseado na regularidade da oscilação (isocronismo) de um pêndulo.

E assim, com tantos meios de se contar o tempo, hoje, os mais comuns que utilizamos são os relógios de ponteiros e os digitais.  Temos então a junção de presente, passado e futuro, tudo sincronizado. Num ontem que passou, num agora, e num futuro não muito distante.

E, em breve teremos a contagem regressiva, onde um Novo Ano surge no horizonte, trazendo consigo a esperança de dias melhores. Esperamos que de fato, tenhamos aprendido com a situação atual, a valorizar o que de fato é importante e fundamental para que a vida triunfe.

Seguimos assim, nesta contagem, que nos leva a um futuro indeciso, cheio de inovações que estão por surgir, que, com certeza irão transformar o mundo atual a qual estamos sintonizados.

Que no Ano Novo tenhamos mais tempo para as coisas boas da vida, amor, solidariedade, justiça social.

A todos e a todas um tempo de Paz.

 

 

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